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Moro eu e mais alguns
Nesse mundo que é redondo
Onde o semblante da morte
É fruto do sabor do estrondo
Cego
Sem poder nada enxergar
Surdo
Sem poder nada escutar
Mudo
Sem poder nada falar
Aleijado que se arrasta
Sem saber onde chegar
Depressivo que se isola
Sem saber como curar
Soldado que se forma
Sem o direito de chorar
Um dia não em forma
Chorando vai matar
Inocentes que se matam
Sem saber quando parar
Se esquecendo de lembrar
De filhos e de suas casas
E do bêbado no bar
De nós todos que moramos
Nesse mundo que é redondo
Onde o semblante da morte
É fruto do sabor do estrondo
